No-code e low-code: entenda as diferenças e os benefícios de cada abordagem

no-code e low-code
14/05/2025

A evolução das práticas de desenvolvimento estão proporcionando mais agilidade no mundo da tecnologia. As abordagens no-code e low-code são exemplos em grande evidência na indústria, oferecendo mais agilidade na criação de sites, aplicativos e softwares. Neste artigo, vamos explicar os conceitos e em quais tipos de projetos utilizá-las.

Esqueça os modelos tradicionais, onde as linhas de código são o core do projeto e exigem conhecimento técnico e habilidades específicas em linguagem de programação.

A transformação digital impulsionou o setor de desenvolvimento, obrigando as empresas a investirem cada vez mais em aplicações digitais para atender às necessidades dos usuários.

A proposta destas aplicações é simplificar a criação de soluções digitais. Ou seja, com mínima ou nenhuma necessidade de programação.

Além de acelerar significativamente o desenvolvimento, promovendo eficiência e encurtando prazos, essas abordagens atendem à crescente demanda do mercado por soluções mais ágeis e adaptáveis.

O uso de interfaces intuitivas, como no-code e low-code, proporcionam benefícios diretos para os negócios. Mais eficiência, precisão e inovação para criar produtos de alta qualidade para seus clientes.

O que é no-code?

Afinal, o que é no-code? É uma abordagem de desenvolvimento mais simples, que permite criar soluções de software sem a necessidade de escrever código de programação.

Com o uso de ferramentas específicas, com interfaces visuais e intuitivas, os usuários podem criar e personalizar aplicações com o recurso de arrastar e soltar componentes.

E o que isso significa? Pessoas menos experientes ou sem muita habilidade em programação conseguem desenvolver soluções, ou automatizar fluxos de trabalho em pouco tempo.

Entre as ferramentas mais conhecidas de abordagem no-code, destacam-se Bubble, Glide e Webflow.

O conceito sem código surgiu nas décadas de 1980 e 1990, impulsionado pelo desenvolvimento de ferramentas de programação visual e linguagens de programação de quarta geração (4GLs).

Porém, o movimento foi impulsionado no final dos anos 2000, com o avanço da computação em nuvem e design de interface do usuário.

A principal vantagem do no-code é a agilidade no desenvolvimento e o baixo custo.

O que é low-code?

Assim como o no-code, o low-code também utiliza ferramentas de interface visuais para desenvolver ou automatizar processos. A diferença é que ele permite fazer personalizações e configurações simples por meio de código.

Se um recurso não estiver disponível entre as opções da plataforma, ainda é possível criar uma funcionalidade personalizada por meio de programação — desde que o usuário tenha conhecimentos técnicos de nível básico a intermediário.

Entre as ferramentas mais usadas para desenvolvimento low-code, estão o Microsoft Power Apps, Appian, OutSystems e Mendix.

Segundo o “Relatório de Pesquisa de Mercado de Plataformas de Desenvolvimento Low-Code”, estima-se que o mercado global de plataformas de desenvolvimento low-code deve gerar uma receita de US$ 187 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual de 31,1%.

O principal benefício do low-code é a flexibilidade e produtividade. Mesmo necessitando de habilidade técnica, o desenvolvimento é menos complexo e muito mais acelerado em comparação aos métodos convencionais.

Quais as principais diferenças entre low-code e no-code?

Embora tenham semelhanças no método de desenvolvimento, cada abordagem tem características específicas. O que permite escolher o modelo conforme o projeto.

Indicações de uso do no-code

A abordagem no-code é ideal para usuários sem conhecimento técnico em programação, como analistas e profissionais de áreas diversas, como marketing, RH, finanças.

O uso é aconselhado em aplicações internas de baixa complexidade, como dashboards, formulários, CRMs, sites e aplicativos básicos. Também é indicado para a criação de protótipos rápidos ou projetos que demandam lançamento ágil.

Indicações de uso do low-code

A grande vantagem da abordagem low-code é a sua capacidade de oferecer produtividade para as equipes técnicas. Ela acelera o desenvolvimento, permite personalização e integra com sistemas legados e APIs.

A abordagem low-code é indicada para aplicações corporativas mais robustas, softwares que exigem integrações mais complexas ou lógica de negócio avançada, ou suporte a projetos em escala, com necessidade de manutenção contínua.

No-code ou low-code, qual escolher?

A escolha entre no-code e low-code depende do perfil da equipe, dos objetivos do projeto e da complexidade da aplicação.

O no-code é mais adequado para quem busca agilidade, simplicidade e autonomia, especialmente em projetos internos ou MVPs que não exigem lógica de negócio avançada.

Já o low-code é ideal para empresas que precisam desenvolver soluções mais robustas e escaláveis, com integrações, personalizações e envolvimento técnico maior, mas ainda assim com ganho significativo de produtividade.

Em muitos casos, as duas abordagens podem coexistir, permitindo que diferentes áreas da empresa contribuam com o desenvolvimento de forma colaborativa e eficiente.

Conclusão: vale a pena usar aplicações?

As abordagens no-code e low-code promoveram a democratização do desenvolvimento ágil na tecnologia.

Foi por meio delas que surgiu o conceito de “Citzen Developer” ou “desenvolvedor cidadão”, que se refere aos indivíduos que não são profissionais desenvolvedores, mas capazes de criar aplicações de tecnologia.

Desta forma, profissionais que não são da área de TI têm a liberdade para criar soluções imediatas para suas áreas, como automação de processos, fluxos, dashboards ou personalizações. Tudo isso sem se preocupar em escrever linhas de códigos.

O que não significa que os especialistas em tecnologia serão substituídos.

O objetivo é integrar, trazendo as pessoas da área de negócio para participar do desenvolvimento, sem sobrecarregar a equipe de tecnologia.

Ela, por sua vez, poderá supervisionar e focar em atividades estratégicas e mais complexas.

A indústria do software está se transformando a cada dia. A alta demanda por automatização de fluxos de trabalho, digitalização de processos e autonomia dos setores vão de encontro a abordagens mais modernas.

Organizações que precisam se destacar em meio a cenários extremamente competitivos, precisam adotar métodos que aceleram a produtividade e geram resultados a curto prazo.

Por isso, as abordagens no-code e low-code se destacam como uma medida escalável e econômica para as empresas de diversos segmentos.